Hoje em dia não basta você estar em conformidade, mas você e todos os seus parceiros precisam estar bem relacionados não apenas nas questões comerciais, mas também reputacionais e legais. Esse alinhamento demonstra não só um discurso de melhoria, mas uma prática que exige dos seus parceiros essa mesma mentalidade.
Uma gestão inteligente, transparente e consciente trabalha com regras de compliance concretas e organizadas. A ferramenta do programa de conformidade que obriga essa pesquisa é a DDI.
A Due Diligence de Integridade, ou simplesmente DDI, é uma prática que tem por finalidade verificar se empresas têm em sua organização práticas de anticorrupção, de integridade, idoneidade, conformidade e, principalmente, se as políticas são compatíveis com as suas próprias regras de compliance.
Imagine-se como dono de uma grande marca, que investe milhões em compliance (condutas anticorrupção, transparência, com treinamentos para a sua equipe) e, após investir milhões em uma parceria comercial, descobre que esse empresa parceira tem condutas ilegais com seus colaboradores, sonega impostos, desvia recursos, etc. A sua marca já estará vinculada à mídia negativa, problemas e, eventualmente até a perda de credibilidade.
Um programa de conformidade efetivo não só pesquisa os novos parceiros da empresa bem como monitora seus stakeholders a fim de controlar eventuais riscos.
Segundo a revista Forbes, quando trazia em uma matéria quais eram as 10 empresas com melhor reputação em 2020, “Empresas com boa reputação são capazes de impulsionar o desejo de consumir em 78%, a vontade de trabalhar para a companhia em 70% e o benefício da dúvida em 64%.”
Se a boa reputação impulsionar o desejo de consumir e atrai talentos para trabalhar não há dúvida de que atrairá parceiros comerciais e melhores negócios.
Essa prática, muito comum para instituições com programas de compliance maduros, fazem com que a DDI seja aplicada em contratos com patrocinadores, fornecedores, empregados ou quaisquer outros parceiros de negócio que a empresa venha a ter.
Por isso que práticas como a DDI são importantes para que boas empresas se relacionem e invistam em boas parcerias, criando, a partir daí, uma corrente de idoneidade, transparência, conformidade e ética.
Sobre o autor:
Nilo Mesquita Patussi: Sócio-fundador do escritório Gelson Ferrareze Sociedade de Advogados. Advogado graduado pela Universidade Nove de Julho. Concluiu MBA em Gestão Empresarial e Post MBA em Governança Corporativa e Compliance, ambos pela Fundação Getulio Vargas, além de diversos cursos em compliance, inclusive pela CBF Academy, e ética profissional; tem Programa de MBA Executivo pela Universidade da Califórnia – Irvine (UCI); com Certificação Internacional em Compliance Avançado pela Chartered Institute for Securities & Investment (CISI); é Pós-graduando em Gestão de Esportes pela FIFA/CIES/FGV. Colunista sobre gestão do esporte e ética profissional no Portal de Direito Desportivo “Lei em Campo”.